sexta-feira, 22 de março de 2013

Um ponto amarelo

Esta é a história de um ponto amarelo, ou melhor eu, uma rapariga simples e que tudo apontava para que fosse super feliz, mas não sou. Todos nós, nem seja lá no fundo temos sempre um bocadinho de solidão e se essa solidão não for controlada poderá alastrar-se por todo o corpo e consumir-vos por completo. Entendem o que quero dizer? aquela dor que vem de dentro de vocês e chega até à vossa garganta começa a acumular-se até que chega a altura e explode. Lágrimas correm pelo meu rosto, sinto na boca o paladar salgado, a mente fica vazia e todo o mal vem ao de cima. Sou nada, um monte de inutilidade e de desperdício de oxigénio... Sou tudo, trago algo de bom a algumas pessoas, acho? espero que sim!
Onde tudo começou? no dia 20 de julho de 1997, eu um ponto amarelo, nasci. Sei que poucos anos se passaram mas lembro-me de pouco de quando era criança, apenas que tudo parecia perfeito, o mundo, a vida, as pessoas, as coisas, tudo. Todos os anos as minhas festas de aniversário eram perfeitas, muitos amigos, muita diversão e a única coisa má era quando a bola saltava para a casa do vizinho mal humorado ou quando alguém decidia ir contra a mesa dos bolos. Os personagens de fantasia faziam a alegria da casa, a fada dos dentes, o homem do saco e o pai natal que tive a estranha impressão de um dia o ter realmente visto a subir pela chaminé, estranho e absurdo eu sei, mas são assim as mentes das crianças imaginativas e fáceis de influenciar.

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